21 de fevereiro de 2011

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As promessas que fazemos

A frustração é origem de muitas doenças que podem manifestar-se ao longo da vida. Não é justo submetermos nossas crianças à expectativas que não serão cumpridas por falta de comprometimento de nossa parte. Portanto, não promentam prêmios, atividades, carinhos e outros que não poderão cumprir, sob pena de gerar na criança uma decepção a qual não temos como medir a extensão.
"Não acredito que estou aqui!" foi a primeira frase que escutei da Júlia ao chegar num parque de águas neste último sábado. Eu havia prometido à ela que, no primeiro fim-de-semana de sol iríamos curtir o passeio.
Promessa cumprida e uma sensação maravilhosa de proporcionar na medida certa uma emoção e uma expectativa que agora será inesquecível para ela.
Mas tudo seria diferente se não fosse este o final da história. É comum vermos adultos comprometendo-se com os pequenos para conseguir um propósito imediato, sem pensar na semente de expectativa que está plantando e, pior do que isso, na decepção da criança ao fazer a sua parte e não receber o prometido.
Tal atitudes, além da frustração, geram um padrão que será repetido por elas com os pais e, futuramente, com seus filhos, criando um círculo vicioso nada saudável.
Portanto, pais, tios, amigos, avós, só prometam o que puderem cumprir, não façam trocas desleais e estarão contribuindo, e muito, para o caminho de uma vida adulta saudável e feliz que irá perpetuar-se por gerações!

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